top of page

STF decide que aposentados do INSS não precisam devolver dinheiro da revisão da vida toda



O que é a revisão da vida toda? 🤔


A revisão da vida toda é uma ação judicial na qual aposentados e pensionistas da Previdência Social pediam a inclusão, no cálculo do benefício, de valores pagos em outras moedas antes de 1994, quando o real começou a circular.


Na reforma da Previdência realizada no governo de Fernando Henrique Cardoso, segurados que já contribuíam com o INSS foram prejudicados pela regra de transição, e acabaram tendo o benefício achatado. Ações na justiça pediam a correção.


E o que foi decidido pelo STF? ⚖️


Em março de 2023, a Suprema Corte já havia decidido que os aposentados não teriam direito de optar pela forma de cálculo mais vantajosa, restabelecendo a obrigatoriedade da aplicação da regra de transição da reforma de 1999, que desconsidera as contribuições anteriores a julho de 1994.


Assim, agora no início de abril de 2025, os ministros do STF decidiram, por unanimidade, que os aposentados do INSS que ganharam a revisão da vida toda na justiça não precisam devolver o dinheiro recebido.


Pela decisão, os beneficiários também não terão de pagar custas processuais, honorários de sucumbência ao governo nem valores de perícias judiciais até 5 de abril de 2024, data em que foi publicada a ata do julgamento que derrubou a correção.


Além disso, se já estavam recebendo um aumento na aposentadoria, também não precisarão devolver esse dinheiro. Contudo, o valor da aposentadoria poderá ser reduzido.


Ao todo, a decisão tem efeito sobre mais de 140 mil ações judiciais que tramitam no Judiciário.


Histórico da ação da revisão da vida toda


  • A revisão da vida toda chegou ao STJ em 2015 como recurso a um processo que teve início no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), que atende os estados do Sul do país.

  • Em novembro de 2018, o STJ determinou suspensão de todos os processos do tipo no país até que se julgasse o caso na Corte, sob o rito dos recursos repetitivos.


  • Em 2019, a revisão foi aprovada no STJ e, em 2020, o processo chegou ao STF.


  • Em 2021, o caso começou a ser julgado no plenário virtual do STF, mas pedido de

    vista do ministro Alexandre de Moraes interrompeu o julgamento.


  • Em 2022, novo julgamento se iniciou no plenário, mas uma manobra do ministro Kassio Nunes Marques levou o caso ao plenário físico, mesmo após já ter sido aprovado.


  • Em dezembro de 2022, o STF julgou o tema e aprovou a revisão da vida toda.


  • Em 2023, o INSS pediu a suspensão de processos de revisão enquanto o recurso era julgado pela Suprema Corte. O instituto também solicitou que a tese não se aplicasse a benefícios previdenciários já extintos, como em caso de morte do beneficiário.


  • Desde julho de 2023, os processos estão suspensos por decisão do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.


  • No dia 11 de agosto, o STF iniciou o julgamento do recurso no plenário virtual, mas o ministro Cristiano Zanin pediu vista e suspendeu o processo.


  • Em novembro, o plenário voltou ao julgamento, e, com divergências entre os votos, o ministro Alexandre de Moraes pediu destaque, levando o caso ao plenário físico.


  • A decisão final, no entanto, ficou para 2024, após o recesso do Judiciário.


  • Em 21 de março de 2024, ao julgar duas ações de 1999 sobre o fator previdenciário, a tese da revisão da vida toda foi derrubada pelo voto de 7 ministros contra 4.


  • Em 23 de agosto, o STF começou a analisar os embargos de declaração. O julgamento foi interrompido três dias depois.


  • No dia 20 de setembro, o julgamento foi retomado em plenário virtual do STF por meio das ADIs 2.110 e 2.111 e os ministros confirmaram que os aposentados não têm direito à revisão.


  • Em 27 de setembro de 2024, o Supremo rejeitou recursos que buscavam garantir a revisão da vida toda.


  • Em 6 de fevereiro de 2025, o STF marcou para o período de 14 a 21 de fevereiro o julgamento, em plenário virtual, dos embargos de declaração da ADI 2.111 para julgar o desfecho de processos em andamento e do recurso da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) contra o julgamento que derrubou a tese da revisão da vida toda.


O julgamento começou no dia 14 de fevereiro e, no dia 20 do mesmo mês, o ministro Dias Toffoli pediu destaque, levando a discussão para o plenário físico da corte. No plenário físico, foi decidido o desfecho do caso aplicando o entendimento de que os aposentados do INSS que ganharam a revisão da vida toda na justiça não precisam devolver o dinheiro recebido.



Ficou com alguma dúvida? Entre em contato conosco para entender melhor os seus direitos.


📞 Fixo: (51) 3395-3226

📱 Whatsapp: (51) 99521-6702

Comments


bottom of page